quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Relatos de uma viagem

Buenas tardes, muchachos! Enfim, realizando meu sonho de fazer intercâmbio. Nesse um dia, tem sido muito bom. Pero no es fácil. Morar em um país diferente, por mais que seja hermano, do ladinho de casa, tem suas complicações. A primeira, e mais óbvia, a língua. Nem sempre se consegue expressar como se quer - ainda mais para una persona que non habla español. Fora o tanto que me sinto ridícula, meio Maria do Bairro ou A Usurpadora. Mas, o legal, é que aqui eu posso me aventurar a ser completamente ridícula. Afinal, que Argentino nunca viu um brasileiro sambando no portunhol? Em Buenos Aires, no Retiro, foi um sufoco. Uma fila grande para pegar o ônibus para La Plata e pessoas nem um pouco educadas. Foi uma correria só com as malas. Chegando em La Plata, no Albergue Frankville, a ficha ainda não havia caído, mesmo com todos falando aquele espanhol, arrastado, que exige da audição. Aliás, acredito que essa ficha vai demorar a cair...
Minha lerdeza já mostrou suas garras! Não é que eu tranquei a chave do cadeado dentro do armário do quarto? Com todo meu dinheiro, cartão, identificação, notebook? Pois é. O padrão Ploc de qualidade é internacional. De manhã, pedi para um pedreiro cerrar o cadeado, já que não consegui desparafusar a fechadura.


Ao sair de manhã para comprar um novo cadeado, eu e o Arthur presenciamos uma manifestação. Aliás, La Plata é muito pichada com frases de protesto contra a legalização do aborto, e a distribuição de renda. O prédio de humanidades, pelo jeito, abriga a esquerda universitária. Diferentemente do prédio da reitoria e do curso de Direito - que são lindos! -  a faculdade de humanidades é bem suja e com um aspecto tenso. A única coisa que me lembrou o ICHS foi um cachorro no corredor. O negócio é migrar para a Bellas Artes o mais rápido! hehe




As ruas são muito arborizadas, o que é lindo! Não existe morro. Mas se anda pra caramba nesse lugar. Pelo menos nessa minha procura de lugar para morar...É muito difícil atravessar a rua! Eu já tenho essa dificuldade normalmente, mas até o Arthur sentiu isso. Que falta faz o Lucas aqui pra me dar a mãozinha! Ainda não comi alfajor, mas tem uns muito baratos, por cinquenta centavos. Apesar de estar em um lugar novo, a única comida que provei não é típica - jantar e almoço no MC Donalds e Burguer King. Não vejo a hora de comer de verdade. A única coisa que me desagradou muito foi o fato da água mineral daqui ser SALGADA! E como eu adoro beber água, isso tá sendo um grande problema.





Olhando essas fotos eu tenho mais certeza de que não devia ter cortado o cabelo! Fiquei com mais cara de mongol, lesada ou sabe-se lá o que. Mas, pela satisfação geral da nação, aí estão. A catedral é maravilhosa. Na verdade, a arquitetura, em geral, é muito bonita. Carregarei as pilhas da câmera para tirar muitas fotos. Por enquanto, estou me aproveitando das fotos do Arthur que, por sinal, tem uma câmera mara.





Ah, e esse é o Albergue! O Frankville. Não sei porque ela saiu virada.


Hasta luego, pessoas! Estou com saudades.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

inevitável é mesmo o amor.
que na dor, no tédio, na briga
na fuga, na ferida
no interminável remeço
temido desfecho
insiste em aparecer.
Que o Deus me salve das horas de intempestiva solidão. Que me acolha em seus braços. E me console. E me ampare. Que o Deus não deixe que o tempo, na sua avassaladora corrida, me carregue as preciosidades que devem ser saboreadas aos poucos, sem qualquer pressa ou faísca. Que Ele, na sua infinita sabedoria, me conceda caminhos. E que eu saiba escolhê-los com a precisão que não se compra mas, sabiamente, se constarói. Que a felicidade nada mais seja que reticências, com a possibilidade de infinitas variáveis. Amém.