quarta-feira, 8 de maio de 2013

só a poesia salva?


me confisco entre os rastros
monstros da noite
caleidoscópica visão do ápice.
rasgo as palavras como rasgo panos
trapos
de indigestos
inflamados
antigos atos -
na ata da vida, somos todos
assinaturas tortuosas.

eu quero da luz
a visão de feixes

e recair
calada
deitada
na imensidão do seu colo escuro.

*


quando peço que venha
tanto quanto não peço
não vem.
não escuta meu pranto
não pensa na ânsia
não vê o excesso de lucidez.
re-leio os grandes
médios
pequenos
e o corpo não fala
não transmuta
não poesia.

*

Dentro de cada
qual seja o que ali
apita
Desavessa-te a face;
da carne pungente
se liquefaz.
Minha voz irrequieta
enquanto vinda de
cantos - Talvez pontes
Respira o vento
passadouro
dos verbos conjugados.

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